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Sete de Setembro

Dom Pedro às margens do Ipiranga.
Não foi bem assim.

Quando crianças sempre nos passaram essa história como uma linda história de heroísmo - D. Pedro (aqui só D. Pedro), nosso herói!! Passados os anos vimos que não foi bem assim. As razões que culminaram na Independência estão longe de serem por questão de "amor" ao Brasil e ao seu povo. [ALGUMA NOVIDADE?!]

Pois bem, vamos falar um pouco sobre História. Para entender o famoso "7 de Setembro de 1822", voltaremos alguns anos.
Precisamente 67 anos, quando Portugal foi destruído por um terremoto e o, então ministro, marquês de Pompal precisou de dinheiro para reconstruí-lo. [ONDE CONSEGUIR?! AHAM!!] Instaura-se portanto, a cobrança do "Quinto"(imposto sobre o ouro encontrado) e institui-se a "Derrama" (medida violenta utilizada quando a arrecadação não atingisse o mínimo estipulado por Portugal).

Com as notícias de idéias de liberdade difundidas lá fora circulando pelo Brasil e os portugueses somente interessados em lucrar com o monopólio (fechando-se para o mundo) e cobrar impostos, o pessoal começa a se mexer lá em Minas, uma pequena elite (Tiradentes era o único "joão ninguém" no meio deles) que conspira contra Portugal. Esse episódio recebeu o nome de Inconfidência Mineira. Como podia se esperar, os inconfidentes foram denunciados, presos e condenados à morte. Após 2 anos se arrastando o processo, a rainha Maria I, transforma as penas em exílio. Contudo, mantém a de Tiradentes (enforcado e esquartejado). [SERÁ PORQUE ERA O ÚNICO POBRE ENTRE OS INCONFIDENTES?!] Enquanto isso, a França (Napoleão Bonaparte) expande seus domínios e deseja acabar com a Ingleterra, para tanto, estabelece um bloqueio comercial, ao qual Portugal não adere, já que não sobreviveria sem a Inglaterra. [PRONTO! NAPOLEÃO INVADE PORTUGAL!] É aqui que a Família Real despenca para a colônia - o Brasil.

Autorizado a manter negócios somente com Portugal e proibido de instalar insdústrias, nossa situação econômica é lamentável. Então, ainda em Salvador, onde desembarcou, [GUARDE ISSO] D. João decreta a Abertura dos Portos [INTERESSE] às naçãoes amigas [INGLATERRA, INGLATERRA E INGLATERRA], encerrando o monopólio português sobre nosso comércio.

Sendo Napoleão derrotado na Europa, D. João, nos promove a Reino Unido (a Portugal e Algarves).[MAIS INTERESSE] O que não passou de uma jogada política para que Portugal pudesse participar do Congresso de Viana, que pretendia restaurar as monarquias destruídas por Napoleão. Após a saída dos franceses, empobrecido e arruinado, Portugal exige o retorno da Família Real à Lisboa. Em 1821, D. João retorna à Lisboa após esvaziar os "cofres" brasileiros. A Família Real de volta, Portugal pretende rebaixar o Brasil - agora Reino Unido - à colônia para reaver os privilégios comerciais perdidos em 1808 (a Abertura dos Portos e a instauração de indústrias brasileiras). Então, o parlamento português também exige a volta de D. Pedro, para que isso ocorresse, expediu decretos diminuindo os poderes do Príncipe Regente. O que culminou no "Dia do Fico" (9/1/1822). É claro que D. Pedro não declarou "Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto: diga ao povo que fico!" por causa do povo e das 8 mil assinaturas que recebeu para ficar, mas sim pelo apoio que a aristocracia rural o daria como imperador [UM POUCO MAIS DE INTERESSE]; mas para isso ele deveria "prometer" não atrapalhar seus interesses, privilégios e negócios, como por exemplo, o escravismo. Ou seja, com D. Pedro ficam a monarquia e a escravidão. [MAIS UMA VEZ OS PROTAGONISTAS DA HISTÓRIA DEFENDENDO OS INTERESSES DA ELITE]

Em 7/9/1822, voltando de viagem, às margens do Ipiranga, D. Pedro proclama a Independência do Brasil, após receber a notícia que havia sido reduzido a um mero governador do Brasil, sujeito às ordens de Portugal. [OLHA O INTERESSE AQUI DE NOVO!]

Portanto, vimos que o "7 de Setembro" representa somente uma "independência política", ou seja, foi apenas a culminância do desligamento político que ocorreu com a Abertura dos Portos [LEMBRA?!] em 1808. Até porque, nos outros aspectos, continuamos a caminhar de muletas, dependentes até os dias de hoje.
Fonte: História do Brasil para Principantes - De Cabral a Cardoso, 500 anos de Novela. (Carlos Eduardo Novaes e César Lobo)





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