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Voices Para Sempre


Será? 
É isso. Vamos falar do último CD da carreira do Grupo Voices. Foi difícil postar sobre, já que foi custoso ouvi-lo pela segunda vez. E essa dificuldade não se deve a falta de qualidade do trabalho, mas sim a falta de identidade do grupo.

Li um comentário dizendo que este CD é definitivo e inovador. Definitivo? Está definindo o quê? Porque certamente ele não define o que foi o Voices. A menos que o "definitivo" aí queira dizer "o fim". Inovador? É, pode ser. Tão inovador que extraiu toda a característica do grupo. Inovar é sempre bom, contudo, não se pode perder a identidade e foi o que aconteceu nesse álbum.

Algumas letras superficiais, longe de parecerem com as canções interpretadas pelo grupo durante 15 anos. Algumas pendendo para o pentecostal, tirando totalmente a paridade com um grupo pop que por anos agradou adolescentes e jovens. 

Em alguns poucos momentos nos recordamos das "voices", como em "Voar mais alto", onde ouvimos o "na na na" consagrado pelas meninas. E em "Meu Pai, Meu Pai", onde a produção vocal lembra as passadas. 
Interpretações individuais meio bizarras também marcam esse trabalho. Fernanda Brum parece nunca ter feito parte do grupo. O CD é vociferado. Em determinados momentos a sensação é de que tem um bando de gatos brigando. O que dizer da introdução de "Eu quero ser cheio"?! Mais que conhecida essa, não é?! 

O grupo/produto foi reposicionado, o que na ocasião não foi interessante, visto que este é o último trabalho. Com esse reposicionamento como podemos dizer "Voices para sempre" se ele não é o mesmo de antes?!

Portanto, Grupo Voices é sepultado com honraria, mas completamente desfigurado.


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